quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Cair e erguer-se

Quando caí do parapeito:
Me vi como um búfalo velho,
caçado por leoas famintas.
Me senti como um camelo
sedento na aridez do Gobi.
Me percebi como que cercado
por hienas sanguinárias.

Era minha vida que despencava
em virtude de seguir minhas vontades autodestrutivas,
da busca do prazer imediato e a minha mesquinhez sórdida.
E fui fundo no abismo
e lá embaixo ainda cai em um rio de águas pútridas.
E tentava seguir este rio,
mas já sentia a força de Tanathos.
E pouco a pouco me afogava,
naquele rio que desaguava no mar da morte.
E neste ínterim já não mais vivia,
Sobrevivia e era arrastado pela corrente como um cão morto.

Mas uma mão me puxou destas águas putrefatas,
no entanto, tão acostumado a amar a morte.
recusei esta ajuda.
Mas a força insistiu e sai daquele rio,
o que foi doloroso e penoso,
assim como também a escalada do abismo.
Mas isso trouxe sabedoria e valores.
Hoje caminho pelas planícies da vida.
Entre belas flores e pungentes espinhos,
mas é sentindo o aroma delas e me furando,
que vou dia a dia crescendo e me superando.

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